Ao lermos a “A parábola do filho pródigo” (Lucas 15.11-32) podemos retirar algo de grande valor para nossas vidas. O texto trata de um assunto muito comum com o qual deparamos diversas vezes dentro das nossas igrejas. Vejamos, ao contrário do pai do texto que tinha apenas dois filhos, temos o nosso Deus, o nosso Pai que tem milhares de filhos por esse mundo a fora e muitas vezes vemos a situação do texto do evangelho de Lucas se repetir “filhos que estão atrás de herança, de bênçãos, que não se importam com os sentimentos dos seus pais, que acham que podem com o mundo tenebroso no qual vivemos”. Quando se trata deste assunto dentro da igreja é extremamente complicado porque muitas vezes na sociedade de hoje é pregado um deus mercador, que cura em troca de dinheiro de propriedades em troca de ofertas rechonchudas, um deus que pode te dar casa, comida, dinheiro, tudo muito fácil, misericórdia. O verdadeiro Deus, o Deus a quem eu sirvo também pode tudo isso, pode nos abençoar com casas, carros, ótimos empregos, mas Ele tem algo muito melhor do que estas coisas passageiras que temos aqui na terra.
Tudo que conseguimos tocar aqui na terra se perde, se deteriora com o tempo, mas o que Deus tem para nós é eterno, Ele não deu seu Filho em uma Cruz para que nós tivéssemos uma simples casa, carro, ou um bom emprego aqui nesta terra. Ele entregou seu Filho para que obtivéssemos a nossa salvação, Ele entregou seu Filho em uma Cruz para nós entrarmos no reino dos céus. “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.” (Romanos 14.17.)
Deus está à procura de filhos que o adorem em espírito e em verdade, com ou sem benção, filhos que o adorem por aquilo que Ele é e não por aquilo que Ele pode dar. Muitas vezes quando Deus nos abençoa Ele também nos prova, podemos ver isto claramente com seu servo Jó, qual Deus permitiu que o diabo tocasse em sua vida para ver onde estava seu coração, nas suas bênçãos ou no Abençoador.
Contudo sabemos que Deus sempre quer dar o melhor de tudo para nós. “Por acaso algum de vocês, que é pai, será capaz de dar uma pedra ao seu filho, quando ele pede pão? Ou lhe dará uma cobra, quando ele pede um peixe? Vocês, mesmo sendo maus, sabem dar coisas boas aos seus filhos. Quanto mais o Pai de vocês, que está no céu, dará coisas boas aos que lhe pedirem!” ( Mateus 7.9 e 11).
Mas corremos o risco de sermos provados por Deus, sendo assim devemos aprender com a oração de Agur. “Uma oração Eu te peço, ó Deus, que me dês duas coisas antes de eu morrer: Não me deixes mentir e não me deixes ficar nem rico nem pobre. Dá-me somente o alimento que preciso para viver. Porque, se eu tiver mais do que o necessário, poderei dizer que não preciso de ti. E, se eu ficar pobre, poderei roubar e assim envergonharei o teu nome, ó meu Deus.” (Provérbios 30:7,11.)
Amado embora você tenha trocado Deus pelas coisas imundas do mundo, tê-lo deixado para 2º, 3º, ou até mesmo último plano em sua vida, Ele tem você como primeiro plano e está de braços abertos esperando você voltar para casa.
Ele te ama, te espera, e quer te dar novas vestes, novas sandálias e colocar um anel em seu dedo. Reinar no seu coração, e realizar uma enorme festa porque o seu filho que estava perdido foi reencontrado. Nós como filhos podemos a todo o momento alegrar o coração do nosso Pai, e é muito simples porque ele gosta do que nós gostamos: carinho, amor, obediência, respeito. Portanto DEUS já deu a maior prova de amor que pode existir no mundo para nós, e nós o que fazemos por ele? É momento de refletir e mudar muitas das nossas atitudes e começarmos a viver uma vida verdadeira, que encha o coração de Deus de alegria, vida de louvor e adoração ao nosso Pai, porque o que o mundo nos indica, é que está próximo o dia em que os escolhidos irão voltar para casa. De onde nunca deveriam ter saído.
Que a paz do nosso Pai esteja com todos. Amém.
Texto de Haroldo Assis
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